segunda-feira, 28 de maio de 2012

Sem sinônimo, saudade...


A saudade é um parasita da nossa fragilidade,
É o reboco do pensamento desocupado,
É a vítima que sempre queremos matar,
É um olhar distante, mas perto do coração.

A saudade sempre vem de carona com o tempo,
Sempre se anuncia com dor e inconveniência,
Sempre estaciona na vaga do deficiente,
Sempre presente, se maquia de outro momento.

A saudade sabe escolher bem a presa,
Ela cutuca de um lado e aparece do outro,
Ela não tem sexo, mas é chamada de “Ela”,
Sem sinônimo, ela sente falta de si mesma.

Sanntiago A.

Porto Alegre, 24 de Abril de 2012