A saudade é um parasita da nossa fragilidade,
É o reboco do pensamento desocupado,
É a vítima que sempre queremos matar,
É um olhar distante, mas perto do coração.
A saudade sempre vem de carona com o tempo,
Sempre se anuncia com dor e inconveniência,
Sempre estaciona na vaga do deficiente,
Sempre presente, se maquia de outro momento.
A saudade sabe escolher bem a presa,
Ela cutuca de um lado e aparece do outro,
Ela não tem sexo, mas é chamada de “Ela”,
Sem sinônimo, ela sente falta de si mesma.
Sanntiago A.
Porto Alegre, 24 de Abril de 2012