sexta-feira, 4 de junho de 2010

Sem endereço


Talvez minha sorte seja momentânea,
E o azar fora visitar um parente distante,
Vou tentar fazer uma amizade sólida com a sorte,
Sendo assim o azar se intimidará.
Acendi o castiçal e demorei no banho,
Experimentei o frio deslizar minhas costas,
Senti outras coisas que já não lembro,
Ou não quero dizer.
Nina está trancada dentro de casa,
E suas jóias passeiam pela cidade,
Mas amanhã é outro dia pra ela,
E seus adereços, sem endereço.
Fazemos o que devemos fazer,
E o suspeito varre os vestígios,
Quando se sente que está totalmente vivo,
Morre-se na primeira esquina.

Santiago A.

Porto Alegre, 09 de Abril de 2010.