sexta-feira, 30 de julho de 2010

Café de todas as manhãs


O gosto que nunca provei fugiu de mim,
Me refiz feito um dia cinzento,
Talhei os meus desejos,
Construí uma nova rua de pensamentos,

Subi em um lugar nem tão alto,
E senti meu corpo falar baixinho,
Terminei tudo que deixei de lado,
Me senti abraçado mesmo estando sozinho.

Controlei o incontrolável,
Soube aplaudir a indiferença,
Servi o café de todas as manhãs,
Tal era o domínio e a coincidência.

Quando tudo é novo há comparação,
Se faz o que sente sem a intenção,
Se olha mudamente e se diz com o coração,
Paralelamente se cria algo na imaginação.

Santiago A.

Gravataí, 17 de Janeiro de 2009