Preciso de um abraço, um sorriso, um beijo, controlar meu desejo, e meu choro que não sai me mata aos poucos. Preciso de um copo d’água pra ver se sacia essa sede de carinho. Preciso de tantas coisas que nem sei o que pedir primeiro... Pois já quero só por querer sem se quer precisar... Ando escrevendo estranho, ando pelos cantos... Alisando as paredes, ando estranho! Acho que me acostumei com a solidão e isso está me destruindo sem que eu perceba, de repente estou anestesiado pela comodidade. Meus instintos já calejados me fazem voltar atrás, isso não posso dizer que seja normal porque não é normal, ninguém pode ter tamanha atitude sem motivo, sem pretexto, sem um argumento... Meus dedos teclam minha dor e meus olhos sentem o molhar da insatisfação do meu eu. Minha face que ontem ria hoje continua rindo, mas rindo à toa... Ora, ora... Tudo isso pode se dizer que não é normal, mas é completamente comum, não seria a mesma coisa? Escrevo, escrevo e escrevo... De certa forma, já estou me sentindo um pouco melhor, mas só um pouco... Se você se sente assim também, me conte! Desta forma não me sentirei tão sozinho como me sinto nesse momento de estranheza exata. Tamanha é a palavra que conforta é o olhar que aquece a alma... Desculpe a covardia de não te olhar nos olhos, um dia entenderá por que... Na verdade todos entenderão o porquê da covardia... Bem, nesse exato momento meus olhos embebidos se tornam córregos de água e sal... Agora me sinto um pouco melhor!!!
Sanntiago A.
Gravataí, 08 de Abril de 2009.