Meus sapatos sujos de preguiça,
Minha boca querendo falar não,
Meu desejo já não diz o que eu quero,
E minha mente já está na contra-mão.
O meu corpo está pedindo outro corpo,
E o outro corpo está pedindo o meu também,
Minha vida já querendo tomar rumo,
Quero ir aqui, ali, pra lá, além.
Do que posso ver,
Do que posso sentir,
Do que posso gostar,
Do que posso ouvir.
Meu passado fere meu momento,
Meu momento mata meu futuro,
Só sei que é certo que estamos errados,
Só sei que é errado dizendo o que é certo.
Sanntiago A.
Gravataí, 17 de Julho de 2002.