sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Jasmin


 Tendo os olhos atentos,
E a pele ressecada,
O prazer conquista espaço,
O desejo uma escapada.

Veias dilatadas e aparentes,
Trêmulo ele segue,
Tranqüilo e sem precedentes,
Canta alto depois do que sente.

Paranóia louca desvairada,
Cortina cinza da madrugada,
Toalha molhada em cima da lembrança,
Costura na malha fina da esperança.

Tudo tão similar ao incolor,
Que o espelho parece escabelado e sonolento,
Lembrando dos caras malucos,
Traumas ou talvez uma pira de um experimento.

Isolado da ternura de suas amigas,
Comentou com seu ego que queria a alegria,
Sabendo que um sorriso de covinhas,
Desenhava seu desejo que a traria.

 Sanntiago A.

Porto Alegre, 15 de Setembro.