quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Violência em pólvora

 Truculento no mínimo trêmulo,
Tarde da noite ela se vira pro lado,
Ela desconfia que sua sombra diga coisas,
Ela sabe contar suas moedas.

Porque se pensa em fazer o bem,
Se o caráter do tolo é sonolento?
Dormimos mais do que devíamos,
Somos sonhos espalhados no quarto.

Toda a sua vida controlada,
Estado civilizado desengonçado,
Uma matilha feita de papel doado,
Angariando fundos para rebeldia.

A luta conserva a ordem,
E dissipa a violência em pólvora,
A bagagem da experiência sussurra,
- Quero feijão e arroz.

Uma parafernália de desejo se joga em mim,
Fala coisas e mais coisas, mas se dedica,
Imagine só um só sem todos,
Quero dizer que estou bem, e estou!

Sanntiago A.

Porto Alegre, 29 de Outubro de 2010.