quinta-feira, 21 de julho de 2011

O ventríloquo não me diz.


Fechei a tranca da consciência que me apontava coisas,
Nossa! Esse ventilador pode estar com a hélice falante,
Tudo precoce que esconde retratos de estante,
Nua é a beleza daquela corajosa que se foi.

Tranquilamente, falo tudo que penso,
Mas aquilo que me prende aqui está me destruindo,
O que se faz com o destino que se inventa?
Troco um punhado de destino por um minuto de lembrança.

Levei coices do passado,
Levei pro outro lado do rio minha decência,
Respirei fundo o ar que condizia com a minha falta,
Tenho em mim agora uma vontade de dormir.

Cansado de caminhar nas ruas das placas pare,
Segui adiante e deixei pra trás o que eu via,
Toda a mediocridade em gesso,
Agora é uma estátua idolatrada pelo cego.

Sanntiago A.

Porto Alegre, 18 de Novembro de 2010.